Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira (13), com a continuação das tensões geopolíticas no Oriente Médio e no leste da Europa, mas os ganhos foram limitados pelo CPI americano mais forte que o esperado, porque o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve esperar mais tempo para cortar as taxas de juros.

Os contratos futuros do Brent terminaram o dia em alta de 0,94%, a US$ 82,77 por barril (+US$ 0,77), enquanto o petróleo WTI avançou 1,24%, para US$ 77,87 por barril (+US$ 0,95).

Os preços do petróleo haviam dicado quase estáveis na segunda-feira (12), depois de ganharem 6% na semana passada, com o conflito no Oriente Médio mantendo os preços elevados. Hoje, informações da guerra na Ucrânia aumentaram as preocupações, pois os Estados Unidos teriam rejeitado a sugestão do presidente russo, Vladimir Putin, de um cessar-fogo na Ucrânia.

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A notícia, além dos temores de uma nova escalada da guerra no Oriente Médio, continuaram a alimentar as preocupações sobre o abastecimento da commodity. As conversas envolvendo EUA, Egito, Israel e Qatar para uma trégua em Gaza terminaram sem avanços hoje.

Na ponta contrária, a inflação mais forte que o esperado nos EUA segurou uma alta maior do petróleo, pois o Fed pode demorar mais do que o esperado para começar os juros, enquanto a alta de preços não desacelera no país. Isso tende a prejudicar o crescimento econômico global e afetar a demanda por petróleo.

Oferta “mais que suficiente”

Mesmo com todos os desafios, o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou que a oferta de petróleo será “mais que suficiente” para atender a demanda global em 2024.

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Hoje também foi divulgado o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Segundo o documento, a projeção de demanda mundial permanece inalterada neste ano, em 2,2 milhões de barris diários.

O cartel dos maiores produtores da commodity fez um ligeiro ajuste para cima na previsão de demanda nos EUA, devido à melhoria das expectativas para a economia americano, e isso compensou a revisão para baixo feita tanto para os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) como da Europa.

(Com Reuters)

Fonte: InfoMoney

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